Férias 2018 – Parte 2: Mendoza (AR)
Olá pessoinhas lindas
do meu coração! Tudo bem com vocês?
Dando continuidade nos
contos de como foram minhas aventuras na terra dos nossos “hermanos” (a parte 1
você encontra aqui), depois de 4 dias em Buenos Aires, voamos para Mendoza!
Aaaahh a terra do Malbec, um dos vinhos que mais adoro! Chegamos já bem tarde. Como já tínhamos verificado antecipadamente que não poderíamos contar com transporte do Uber na cidade, trocamos
mais dinheiro ainda em Buenos Aires, tínhamos pesos suficientes para pagar a
corrida de táxi até o hotel, que fica é um tanto distante do aeroporto.
Chegamos e fizemos o
checkin. Detalhe para o hotel muuuuito chiqueee! Na hora do checkin o atendente
nos informou que, caso pagássemos já as diárias, teríamos um desconto do IVA que
é um imposto Argentino sobre as acomodações e hoteis. Quando realizamos a
reserva no Booking, ele nos deu o valor sem a incidência deste imposto, ou
seja, pagamos o que teríamos que pagar mesmo.
O ponto positivo foi
que o checkout foi muito rápido.
Placa entrada Diplomatic Hotel Mendoza |
Bom, tudo certo,
subimos para nosso quarto. Ficamos no 5º andar, infelizmente. Quanto mais alto,
melhor a vista. Abrimos a porta e que quarto enooorme! Gigante mesmo! A cama
então, cada um tinha que rolar 5 vezes pra chegar no outro. E o banheiro? Tinha
banheira e tudo! Finíssimo! Sem contar que dava dois do meu, de tão grande (e a blogueira esqueceu de tirar foto do quarto 😳).
Colocamos documentos e dinheirinho no cofre e procuramos no Google um lugar pra
jantar e descobrimos o Orégano, bem ao lado do hotel. Ainda estava aberto, para
nossa sorte. Pedimos empanadas (sim, neste dia almoçamos e jantamos
empanadas... faz parte) que acompanhava uma saladinha com molho um tanto
picante. Um refri pra acompanhar... Estava tão bom... 😌
Pança cheia, voltamos
para o quarto para o sono dos justos, afinal, tínhamos muito o que ver no dia
seguinte!
Sexta de manhã, fomos
desbravar a cidade. Vimos que o Parque San Martin era bem próximo, então,
depois de um farto café da manhã (aliás, que delicioso café da manhã tem esse
hotel), fomos caminhar pra achar o tal parque. Algumas quadras depois,
chegamos. Foi até bem rápido, só não contávamos com o tamanho do parque:
gigante! Muito difícil de se andar por todo o parque a pé. Primeiro: muito
fácil se perder lá dentro. Segundo: a disposição do casal de velhinhos já não é
mais a mesma desde que paramos de treinar corrida. O ar seco também ajuda a
piorar. Bom, depois de muita reclamação minha (óbvio), chegamos até uma fonte,
a fonte dos Continentes – fonte essa que possui quatro grandes esculturas,
representando os continentes. Na época em que foi esculpida, a Oceania ainda
não era um continente, por isso são somente 4 esculturas.
Casal de anciãos |
Fuente de Los Continentes |
Ao nos aproximarmos
desta fonte, vimos um ônibus lilás de dois andares, escrito "Mendoza City
Tour" do lado. Nós no entreolhamos e ficamos com cara de "óia".
Rapidamente fui pesquisar pelo celular – olha o chip salvando a vida de novo –
e encontrei o site do Mendoza City Tour. Já comprei os tickets, afinal, vai que
não aceitem MasterCard no local físico onde vende a passagem?
Depois de efetivar a
compra, iniciou-se uma verdadeira saga para conseguirmos pegar esse ônibus! O
esquema dele é o mesmo do ônibus em Buenos Aires: pode-se descer e subir
quantas vezes quiser em qualquer ponto do ônibus. Mas, como compramos pela
internet, tínhamos que ir até o ponto inicial, onde fica o quiosque de vendas
do city tour. Detalhe: o local era duas quadras atrás do nosso hotel. Bora dar
uma acelerada nos passos pra voltar tuuuuudo até o hotel e mais um pouco. Nossa
preocupação era não conseguirmos chegar a tempo de pegar o próximo ônibus.
Chegarmos! Ufa, legal, achamos fácil né? Que beleza! Que bom, maravilha... A
moça nos dá uma péssima notícia: era necessário imprimir o e-mail para poder
ser validado... dissemos que não tínhamos como imprimi-lo, ela então nos
indicou um tipo de lan house para fazer a tal impressão.
E eu já preocupada em
como iria falar pra pedir a impressão do e-mail... Pra nossa sorte, já
estávamos com o "portuñol" nível 6 e conseguimos desenrolar a
conversa e pedir a impressão. Tudo certo, papelzinho impresso, correeeeemos de
volta pra praça, onde fica o ponto inicial do ônibus. Ufa, quanta correria! 🏃🏃
A mocinha validou o
e-mail e nos entregou. Disse pra não perder o papel, pois somente com ele
conseguiríamos subir no ônibus nos pontos indicados. Que medo do papelinho
voar!
Então, ficamos no sol
esperando o ônibus chegar. No sol porque apesar de ainda ser Abril, já fazia um
friozinho danado! Um vento gelado que vinha diretamente dos Andes direto pra
dentro da nossa alma. Imagino como deve estar agora: lindo e congelante... Haja
vinho!
Bom, chegou o ônibus e
a guia nos explica tudo em espanhol. Como ela falou muito rápido, não
entendemos e quando ela viu nossa cara de interrogação, logo perguntou:
brasileiros? E nós acenamos a cabeça, dizendo: sí.
Ela então explicou
mais devagar em portunhol!
Ônibus Mendoza City Tour |
Fomos na parte de
cima, pra ter visão panorâmica de tudo. Foi muito legal, o passeio. Eu
recomendo muito! A gente conheceu diversas partes da cidade, parte histórica, cassinos, conhecemos todo o parque e percebemos que não seria possível conhecer tudo de
uma vez a pé. Enooorme!
A hora que subimos o
Cerro de La Gloria me deu um "piripaque do Chaves", porque é muito
alto e a estrada muito estreita, parecia que a qualquer momento o ônibus iria
cair. Não consegui fazer muitas fotos lá de cima hahahaahahah (rindo de
nervoso). Ainda não sei em que momento fiquei tão medrosa... Talvez seja porque eu parei de olhar pra baixo. O pico é maravilhoso!
Teatro |
Praça em Mendoza - toda a vegetação de praças e parques foram trazidas de outras localidades |
Ruínas preservadas de uma igreja destruída pelo terremoto de 1861 |
Aquário Municipal |
Um dos Cassinos de Mendoza |
Pré-cordilheira vista do distrito de Godoy Cruz |
Outro monumento dentro do Parque |
Vista subindo o cerro |
Altura do Cerro de La Gloria |
Monumento ao Exército dos Andes |
Monumento ao Exército dos Andes |
Descendo o cerro |
Galera radical descendo o morro de bike |
Portões de entrada do Parque San Martin |
Só não ficamos no alto do Cerro por falta de lugar para almoçar - e a fome só aumentando.
Decidimos então, terminar a volta e retornar para o
centro para comer alguma coisa.
Já era quase 15:00 e a
gente ainda sem almoço! Tudo bem, faz parte de passear e conhecer lugares
novos.
Descemos no ponto
inicial, na Plaza Independencia de Mendoza e encontramos um Subway próximo. O
lanchinho desceu muito gostoso e em seguida fomos buscar um cafezinho pra esquentar um pouco. Passamos muuuuito frio, porque conforme o
ônibus pega velocidade vai batendo o vento gelado, então vai a dica de ouro
número 1 deste post: se for passear no ônibus panorâmico, se agasalhe bem.
Depois de matar o que
estava nos matando, fomos em busca de um hidratante labial. O ar em Menoza é
extremamente seco. Junta isso ao frio e nossos lábios estavam até machucados,
de tão ressecados. Então, dica de ouro número 2: leve sempre um
hidratante labial consigo. Eu recomendo o Nivea, que foi o que compramos. Ele é
muito bom, não tem gosto ou cheiro estranhos e hidrata profundamente. Rapidinho já
aliviou a secura dos lábios.
De noite, neste dia,
fomos ao restaurante Cordillera Vinos y Fuegos. Um lugar muito delicinha e
aconchegante. Eu comi uma massa com molho de parmesão e o Aguiar comeu massa de
manjericão que estava uma delícia também.
Tomamos dois vinhos
esse dia.
Toda "blogueirinha" fazendo foto no espelho |
No sábado pela manhã
já tínhamos passeio marcado: passear de bicicleta pelas vinícolas, com direito
a ver (e comer!!) as uvas no pé. Experimentamos a Malbec (uma das uvas que mais
gosto), que docinha... uma experiência que vale muito a pena! Esse foi um dos
motivos pelo qual escolhemos essa data para viajar: uvas no pé. De março a
abril ocorrem as festas da vendimia nessas regiões produtoras de vinho, que é a
festa da colheita. Não pegamos o festival, que em Mendoza acontece em Março,
geralmente, mas só de conseguirmos ver as uvas ali, experimentar e aprender um
pouco mais sobre o cultivo e fabricação dos vinhos, foi fantástico. E o nosso
guia, Sr. Fabián, muito simpático. Tirou várias fotos nossas e nos explicou
sobre as uvas, as folhas e sempre paciente pra explicar devagar pra gente.
Apesar de dois contratempos, não afetou em nada nossa experiência.
Neste passeio pudemos
visitar duas bodegas (como são chamadas as vinícolas em Mendoza): Vistalba
(vinhos de alta gama) e Nieto Senetiner (com boa variedade de tipos de vinhos).
Na Vistalba provamos 4
vinhos: um espumante, um tinto que eles chamam de Comercial – que é mais fácil
de encontrar, um tinto mais sofisticado e, pela primeira vez, um vinho licoroso
chamado Late Harvest ou Colheita Tardia. A guia nos explicou que para fazer
estes vinhos, eles deixam as uvas mais tempo no pé, ou seja, demoram mais tempo
para colher e ela fica seca, praticamente uma passa só então eles colhem e se
transforma neste vinho. Eu, particularmente, não gostei do vinho. Achei muito
doce e o aroma é igual ao de mel. Mas foi uma experiência nova.
Amanhecer em Mendoza |
Uva Malbec direto do pé |
Lago na Vinícola Luigi Bosca |
Pré cordilheira na vinícola Luigi Bosca |
Vinícola Vistalba |
Vinícola Vistalba |
Tour Vistalba |
Tour Vistalba |
Barricas de carvalho - Vistalba |
Parte do terroir à mostra - Vistalba |
Passeando de bike pelas vinícolas |
Cabernet Sauvignon |
Azeitonas - Não é recomendado come-las. Motivo: gosto horrível |
Saindo de lá, corremos
para a Nieto Senetiner. Como demoramos um pouco mais na Vistalba, acabamos
perdendo o comecinho da visita. Nesta bodega nós aprendemos que um vinho blend
não é feito somente com mais de um tipo de uva, mas também, com a mesma uva,
cultivada em diferentes alturas. Um dos vinhos que provamos era justamente
deste blend de alturas. Simplesmente maravilhoso, de paladar complexo... Também
foi complexo traze-lo pra casa. Estava muito além do que podíamos pagar por uma
garrafa de vinho. Mas a experiência, mais uma vez, foi maravilhosa! Trouxemos outra garrafa de um Malbec excelente que provamos (já falei que amo Malbec?), um pouco mais acessível para nossos bolsos.
Barricas de carvalho Nieto Senetiner |
Degustação Nieto Senetiner |
Diferença entre as folhas de Cabernet Sauvignon e Malbec |
Tour Nieto Senetiner |
Depois voltamos ao hotel, almoçamos, demos mais algumas voltas a pé no centro para comprar algumas garrafas de vinho. Encontramos uma lojinha, chamada Wine O'Clock. Achei bem interessante e com uma boa variedade de vinhos. Compramos uma garrafa de Malbec da Bodega La Azul.
De noite, saímos apenas para comer um lanche e trocar o dinheiro para nossa
viagem no dia seguinte.
É muito importante ter trocados para quem vai viajar de ônibus,
pois os carregadores de bagagem não são funcionários das empresas de ônibus, mas sim, da
rodoviária. Para garantir que eles irão tratar sua mala com amor e carinho, melhor dar o trocado. Então, dica 3 do post: lembre-se da
gorjeta do carregador e ele tratará sua mala com todo amor e carinho do mundo.
Isso serve também para os carregadores em Santiago, quando chega na rodoviária
de lá. Tenha sempre um trocado, seja peso argentino ou chileno, eles aceitam.
Bom gente, espero que tenham gostado! Se você chegou até aqui, muito obrigada pela paciência. Mendoza é maravilhoso e eu recomendo muito uma visita.
Vale muito a pena conhecer.
Abaixo um vídeo que fiz com os melhores momentos de Mendoza:
E você, ficou com vontade de conhecer? Conta aqui pra gente! Comenta no blog, no Insta ou Facebook, o que você achou do post.
Beijos e até a próxima! 💗
Comentários
Postar um comentário