Históras de Viagens

Inaugurando o retorno do meu blog (espero que volte com tudo), vou falar sobre viagem.

Atenção: Não é um informativo sobre onde ir e o que fazer. Até pretendo fazer isso, mas este post fala apenas sobre uma história que aconteceu durante uma viagem. 

A minha primeira viagem de avião foi em 2009, para Porto de Galinhas. Bem, só de ser o primeiro voo, já se sabe o grande frio na barriga que senti. 
Foi uma promoção imperdível que encontramos no site da companhia aérea. Era a metade do preço normal. Pegamos uma pousada indicada por amigos. O valor bastante atrativo. Muito aconchegante, apesar de ser um pouco longe da praia, fomos muito bem recebidos pela dona do local. 
Como fazia muito tempo que não ia às praias nordestinas (a última vez tinha sido aos doze anos, para Porto Seguro com meus pais), já não estava mais habituada com os ambulantes de todos os tipos que se contra por lá. Estávamos tranquilamente na praia que fica próxima ao centrinho (não me lembro mais o nome dela), quando chegou um repentista todo cheio de inspiração, perguntou nossos nomes, de onde éramos e começou o repente. Muito bem feito. Pediu claramente durante o repente, uma quantia como gorjeta. Achamos tudo muito legal e demos um valor que não me recordo muito bem. Era tudo novidade, até que de repente outro repentista apareceu. Ficamos com pena, mas não tem como dar dinheiro a cada um deles e recusamos a cantoria.
Num dos dias, fomos fazer um passeio para a Praia de Carneiros. Você conhece um pouco mais da história da Praia de Carneiros aqui. Foi muito divertido! Teve banho na lama e tudo mais! Não participei desse banho de lama, pois passava por uma "fase fresca" da minha vida. Rsrs. 

No outro dia, fizemos um passeio para a Praia de Calhetas, também conhecida como Praia dos Namorados, devido ao formato de coração que a praia tem. Fica em Cabo de Santo Agostinho. 
Neste dia choveu um pouco e o céu ficou um pouco carrancudo. A foto abaixo é retirada da internet, do site Portal do Cabo. 

É um lugar muito gostoso de se passar o dia. A praia com ondas que quebram um pouco mais forte e bem próxima à areia. 

Devido à distância, chegamos um pouco mais tarde neste dia. Tomamos um banho, nos trocamos e logo fomos ao centrinho, comprar algumas lembrancinhas. Tem muita coisa interessante. O foco principal dos artesanatos não podia ser diferente, senão galinhas!
Ao retornarmos um pouco mais tarde, para a minha grande surpresa, o que encontrei na escada da pousada? Diversas pererecas! Sim! Pererecas na praia! Eu sempre acreditei que, pelo sal da areia, isso não seria possível. Mas como estávamos um pouco mais distante da praia, elas foram me dar as boas vindas. Pra subir as escadas, meu digníssimo foi muito cavalheiro, apesar de ter dado muita risada da minha cara, foi espantando-as para fora, para que eu pudesse subir e então, entrarmos no quarto. Fiquei apavorada. Tenho verdadeiro pavor dessas criaturas que nada fazem para nós, mas... 

Além desse passeio, também andamos de buggy, de ponta a ponta. Vimos de perto cavalos marinhos, andamos de jangada pelo rio. 
Tentamos fazer também o passeio para Maragogi, mas a maré alta não nos permitiu. 

Tudo muito lindo e maravilhoso... Não fosse um "abençoado" camarão que comi no almoço do penúltimo dia de praia. Na hora não senti nada, mas a noite foi chegando e a barriga fazendo barulho e doendo... Precisamos voltar voando para a pousada. Ainda íamos passar no mercadinho que ficava no caminho, comprar algumas coisinhas para beliscar. Ele ficou no mercado e eu continuei andando cada vez mais rápido. Quando finalmente cheguei na pousada. Neste dia, se tivesse alguma perereca ou eu não ia nem ligar ou eu fazia as necessidades por ali mesmo, de medo (honestamente, não quero nem pensar!).
Passei uma noite de rainha! Isso porque era a primeira viagem em casal que eu fazia! Imagina a vergonha que senti de levantar a cada 20 minutos para ir ao banheiro e ainda sair de lá com um verdadeiro "perfume". A zoação foi grande, mas a preocupação maior. Não conseguimos aproveitar nada do último dia. Cada coisa que tentava comer pra não ficar sem nada no estômago, revirava mais e saía. A intenção era voltar de ônibus até o aeroporto, mas dada a situação e já que a dona da pousada havia nos oferecido o transfer a um preço menor que o praticado pelos taxistas, aceitamos. Nessa hora estava um pouco melhor. Só um pouco. Ela perguntou se gostaríamos de conhecer um pouco a praia de Boa Viagem em Recife, onde ficam as barraquinhas com diversos artesanatos. Não me lembro de quase nada da praia, tampouco dos artesanatos. Tudo o que eu queria era ir pelo menos até o aeroporto, onde tinha banheiro!
Não lembro quanto tempo até o embarque, mas parecia uma eternidade! 
Até que enfim, avião... Espera, o voo tem escalas? Ai meu Deus do céu! 
O avião subia e eu de olho no aviso do cinto de segurança. Ele apagava, eu corria para o banheiro. O avião descia, eu não sabia se era o frio na barriga normal ou se era outra onda de dor de barriga. 
Até que finalmente chegamos a Campinas. Meu cunhado foi nos buscar, mas como era tarde e ele mora em Campinas, passamos a noite na casa dele. Mais uma noite passando mal. Sorte que lá tinha algum medicamento como Dramin para passar o enjoo, pelo menos. 
Quando chegamos em Boituva, meu sogro logo ficou preocupado ao saber que eu estava mal e foi preparar o milagroso boldo que só ele sabia fazer! Uma gotinha de água para cinco folhas de boldo (exageradamente falando). Santo remédio! Foi o que me curou e parou a dor de barriga! 

É, realmente, um passeio inesquecível! 

Seguem mais algumas fotos do lugar.